Em 1993, dá-se início ao mandato com sede em Itapira

Quem conta a sua história, é o professor Gilvan Nogueira

Desde o início da fundação e até o momento de ser presidente, o professor Gilvan Nogueira deu continuidade das gestões anteriores e ainda trabalhando sozinho e tendo noção do tamanho que poderia chegar a APV, pediu ajuda ao diretor de esportes de Itapira para ceder um colaborador, guardinha que fosse na época, para auxiliar nas tarefas mais básicas como atender telefone e datilografar (isso mesmo, datilografar!) memorandos, avisos, tabelas, e levar no correio.

Não foi atendido, mas foi cedida uma máquina de escrever velha, que teve que mandar consertar por várias vezes e era caro na época, para poder preparar os papéis a serem enviados aos associados.

Contou com a ajuda de alguns atletas como o Alexandre Pires de Oliveira (Xandão), exímio datilógrafo, na preparação dos papéis, do Josemar Batista de Oliveira (in memoriam) que gastava algumas horas do seu dia atendendo ligações e anotando recados enquanto estava em Serra Negra ministrando treinamento. Até para levar a correspondência em mãos quando o correio não dava conta por causa do prazo teve ajuda, mas tinha que resolver tudo sozinho.

Tinha vários problemas que já vinham desde o início como os famosos “gatos” nos campeonatos (atletas com documentação falsa) e árbitros que devolviam jogos por distância, horário, quantidade de jogos na rodada, apresentação e atitudes. Enfim, tinha que começar a pôr ordem na casa.

A primeira coisa foi instituir a carteirinha da APV. Com ela em mãos o árbitro solicitava o RG para confrontar dúvidas e os “gatos” sumiram com o tempo.

A segunda foi a instituição de uma taxa para o W.O. bancada por cheque caução, ou seja, o cheque ficava com a presidência. Dava W.O. era descontado. E era mais caro o W.O do que comparecer ao jogo.

Terceira ação foi limitar a participação até Monte Alto ou equipes que vinha de outros mandatos. Podiam entrar outras de mais longe, mas tinham que jogar as partidas todas fora de casa. Ex: Catanduva x Araras era decidido com duas partidas em Araras. Depois os associados derrubaram essa limitação ainda no seu mandato.

A quarta novidade foi a instituição das bolachas (escudos de identificação para árbitros), das categorias de arbitragem e dos papéis oficiais (súmulas e saídas de jogo timbrados da APV). Além disso começou a introduzir técnicos na arbitragem, pois entendia a necessidade de ter educadores naqueles postos. Isso foi muito bom durante um período, mas depois eles tiveram que parar para dar sequência aos seus trabalhos como técnicos, que haviam crescido muito.

A quinta, uma das que se orgulha, é que para jogar no adulto os filiados tinham que ter no mesmo naipe, uma equipe pré-mirim ou mirim. E ponto final! Não tinha, não jogava. Alimentando assim que a cada ano, mais equipes nas demais categorias e a APV ia crescendo em números de associados e equipes participantes.

Por último, falando apenas das mais impactantes, dobrou a taxa de arbitragem. Isso, costuma dizer, foi o melhor mecânico que contratou, pois nunca mais quebrou o carro de um árbitro antes de ir para o jogo, o que acontecia demasiadamente antes dessa ação.

Dirigiu a APV de janeiro de 1993 a janeiro de 1996.

Entregou o cargo com 41 cidades associadas, muitas delas com duas, três, quatro ou mais equipes filiadas. O raio de ação ia de Franco da Rocha a Bebedouro, Catanduva e cercanias.

Infelizmente, por excesso de afazeres, teve que se afastar da presidência antes de realizar o sonho de oficializar a APV, com CNPJ, Inscrição, Diretoria empossada, Departamentos, Secretária e etc. O que acabou por acontecer no ano seguinte.

Sempre defendeu (e ainda defende) que quem decide os rumos de uma associação é o associado, e fica feliz em ver que o atual presidente Wladimir do Carmo e sua equipe estão se mostrando favoráveis a essa visão e conquistando coisas até então inéditas, como algumas parcerias e a isenção de algumas taxas.

“Agradeço imensamente a todos que contribuíram pela minha jornada dentro da presidência da APV e por ter feito parte desta entidade tão vitoriosa”, finaliza Gilvan.

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