A CRIAÇÃO DA APV, ANTES DENOMINADA ASSOCIAÇÃO REGIONAL DE VÔLEI – ARV
“MOGI MIRIM – O INÍCIO
Até 1988 Mogi Mirim e outras cidades do interior paulista, participavam ativamente dos eventos da Federação Paulista de Voleibol, inclusive disputando regularmente da, então conhecida, Terceira Divisão da categoria adulto.
Porém o custo com as taxas e encargos eram altíssimos e, no ano de 1988, após pagar anuidades, registros de atletas, mensalidades e outros, este campeonato acabou tendo uma participação de poucas equipes, realizado praticamente como um torneio de final de ano.
Com as eleições municipais, o Prefeito eleito Romeu Bordignon (Mogi Mirim) convidou o Prof. Luiz Domingues (Mogi Mirim), para assumir o Departamento de Esportes, Recreação e Turismo – DERETUR de Mogi Mirim cujo mandato se iniciou em 1989.
Dentre tantos desafios, um deles acabou se tornando prioritário: o Voleibol. Alto custo, poucas competições e o que fazer com o trabalho de base? O custo-benefício não era interessante pois trazia pouco retorno ao trabalho da modalidade.
Logo no início de 1989, Luizinho fez uma visita a FPV onde foi exposta toda a situação ao Presidente e seus assessores, todos procurando encontrar uma solução para este caso e que, na realidade, era de interesse de todos os municípios, principalmente das cidades do interior.
Foi sugerido a criação de Ligas Regionais, administradas democraticamente pelos próprios municípios e, principalmente, sem fins lucrativos e com a divisão de tarefas, responsabilidades e custos, não tendo apoio para o projeto.
No dia seguinte, Luizinho assumiu o desafio e planejou as etapas a serem seguidas, juntamente com os técnicos de Mogi Mirim, todos conscientes do desafio que estava por vir. Naquela época a comunicação era feita através de telefone, fax e correio. Expedimos convites para cerca de 49 municípios de nossa região, visando a criação de uma Associação Regional de Voleibol. Nesta reunião seriam discutidos todos os objetivos propostos por Mogi Mirim e outros que certamente seriam apresentados pelos participantes.
Antes da citada reunião, Luizinho esteve na Secretaria Estadual de Esportes onde foi apresentado o projeto e que, de imediato ofereceram apoio técnico.
A agenda da primeira reunião foi frustrante, compareceram apenas 4 ou 5 municípios nos levando até a acreditar que tivesse havido um boicote.
Porém, realizamos a reunião em que apresentei os objetivos principais para a criação da Associação Regional de Voleibol:
1) Diminuição de custos com a divisão dos custos, sem interesses individuais
2) Diretoria eleita democraticamente e com rodízio de sede
3) Campeonatos em todas as categorias durante todo o ano
4) Festivais e Torneios
5) Formação do quadro de arbitragem
6) Regionalização das competições como forma de economia com transporte
7) Dentre outros
Todos entenderam os objetivos e após serem amplamente discutidos, aprovados, ficou acertado que seria realizada uma segunda reunião e cada um dos participantes se incumbiram de convidar para a mesma, no mínimo mais 5 cidades ou clubes.
A segunda reunião foi um sucesso de presença, dezenas de cidades e clubes interessados na nova proposta. Conseguimos discutir a criação da Associação Regional de Voleibol, compor a primeira diretoria e cuja sede ficou com a cidade de Itatiba/Atibaia, prontificando-se a elaborar o calendário, tabelas, regulamentos… sempre evidenciando a necessidade de custo baixo, regionalização e quantidade de jogos como forma de se mobilizar todas as cidades e todas as categorias trazendo o estímulo, até então inexistente.
Como a entidade maior do estado não aceitou ser parceira, tínhamos necessidade de formar o nosso quadro de arbitragem e para tal, o prof. Luizinho se reuniu com o pessoal da Secretaria Estadual de Esportes e com este apoio foi montado o primeiro curso de arbitragem com um dos melhores árbitros daquela época, árbitro com atuação internacional.
Cada município apresentou as pessoas para fazerem o curso e foram estas que começaram a arbitragem da ARV.
Depois de Itatiba/Atibaia como sede, veio Itapira e posteriormente Porto Ferreira, onde está até hoje!
E assim foi criada a ARV, hoje com a denominação de APV – Associação Pró Voleibol de Porto Ferreira, sendo espelho para a criação de diversas outras Ligas, tanto de voleibol como de outras modalidades esportivas.
Sua primeira sede, já com o nome de APV Associação Pró Voleibol, foi a cidade de Itatiba, com o professor Edson Flaiban no comando apenas em 1990, devido a inúmeros compromissos de carreira e esportivo já agendados.
APV tem sua primeira edição então contando com apenas seis cidades: Porto Ferreira, Santa Gertrudes, Limeira, Araras, Leme e Mogi Mirim.
Sua segunda sede foi a cidade de Atibaia, com o professor José Fernando Ferro no comando apenas em 1991. Devido a inúmeros compromissos, o professor Ferro deixa a APV e Elder Francelino e Leandro Dantas, dão continuidade até o final de 1992 nos compromissos de jogos e as finais das competições, dividindo estas atribuições nas suas cidades Araras e Leme.
Em 1993, dá-se início ao mandato com sede em Itapira, tendo como seu presidente o professor Gilvan Nogueira, que iria até janeiro de 1996.
Desde o início da fundação e até o momento de ser presidente, o professor Gilvan Nogueira deu continuidade das gestões anteriores e ainda trabalhando sozinho, e tendo noção do tamanho que poderia chegar a APV, pediu ajuda ao diretor de esportes de Itapira para ceder um colaborador, guardinha que fosse na época, para auxiliar nas tarefas mais básicas como atender telefone e datilografar (isso mesmo, datilografar!) memorandos, avisos, tabelas, e levar no correio.
Não foi atendido, mas foi cedida uma máquina de escrever velha, para poder preparar os papéis a serem enviados aos associados.
Contou com a ajuda de alguns atletas como o Alexandre Pires de Oliveira (Xandão), exímio datilógrafo, na preparação dos papéis, do Josemar Batista de Oliveira (in memoriam) que gastava algumas horas do seu dia atendendo ligações e anotando recados.
Sua primeira ação foi instituir a carteirinha da APV. Com ela em mãos o árbitro solicitava o RG para confrontar dúvidas e os “gatos” sumiram com o tempo.
Nesta época a APV contava com 41 cidades associadas, muitas delas com duas, três, quatro ou mais equipes filiadas. O raio de ação ia de Franco da Rocha a Bebedouro, Catanduva e cercanias.
Em 1996, dá-se início ao mandato com sede em Porto Ferreira.
Prof. João Vicente Neto, foi eleito nas eleições no final de 1995 no Clube Ararense, e a sede da APV foi fixada em PORTO FERREIRA que está até hoje.
Uma nova filosofia foi implantada de forma rápida em todos da APV. Trabalhar com transparência, cumprir as promessas para promover campeonatos com boa organização. Foi criado o Estatuto da Associação Pró-Voleibol em 1996, regularizando assim a associação.
Nesta época a APV se tornou o maior campeonato de voleibol do estado de São Paulo com a participação das cidades: Aguaí, Americana, Américo Brasiliense, Andradas, Agudos, Araçatuba, Araraquara, Araras, Areiópolis, Atibaia, Barretos, Bauru, Bebedouro, Botucatu, Bofete, Brotas, Casa Branca, Capão Bonito, Cesário Lange, Espírito Santo do Pinhal, Franca, Ibitinga, Itapira, Jaboticabal, Jaguariúna, Jaú, Jundiaí, Leme, Lençóis Paulista, Limeira, Luis Antonio, Matão, Mococa, Mogi Guaçu, Mogi Mirim, Monte Alto, Ouro Fino, Piracicaba, Rio Claro, Penápolis, Porto Ferreira, Pindamonhangaba, Pirassununga, Rio das Pedras, Salto, São Pedro, Santa Bárbara do Oeste, Santa Rita do Passa Quatro, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Gertrudes, São Carlos, São João da Boa Vista, São José do Rio Pardo, São José do Rio Preto, Sorocaba, Sertãozinho, Taquaritinga, Taquarituba, Tiete, Valinhos, e Poços de Caldas – MG.
Contávamos então com 62 cidades, 71 entidades associadas e 217 equipes disputando nossos campeonatos em várias categorias.
Foi criada a AAPV – Associação de Árbitros Pró-Voleibol com a gestão do Prof. César Augusto Tavares. O quadro de arbitragem contava com: 91 – árbitros (A, B e C) e 40 apontadores. Por final de semana em média tinha cerca de 40 jogos. No ano totalizava 1320 jogos por temporada.
Foram organizadas diversas Clínicas para Técnicos, com palestrantes consagrados dentro do Voleibol como Rizolla, Chico dos Santos e Sérgio Negrão. Cerca de 107 técnicos trabalhavam em nossos campeonatos; 45 Assistentes técnicos; e mais de 3.107 atletas.
A comunicação entrou na era on-line. Criou-se o site da APV www.apv.esp.br e Boutique on-line.
Sempre pensando em inovar, outros campeonatos foram criados como: Vôlei de Praia, Master, Melhor Idade e Categoria Mini.
A APV construiu uma marca respeitada no esporte Nacional durante esses anos, tornando-se a maior e mais antiga liga de voleibol do estado de São Paulo.